25/01/2011

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SAUDADE

Saudade palavra doce.

Que  traduz tanto amargo.

Saudade é como se fosse espinho cheirando a flor.

Saudade, aventura ausente.

Um bem que longe se vê.

Uma dor que o peito sente sem saber como e por quê.

Um desejo de estar perto de quem está longe de nós.

Um ai, que não sei ao certo se é um suspiro ou uma voz.

Um sorriso de tristeza, um soluço de alegria.

Um suplício de incerteza.

Que uma esperança alivia.

Nessas três sílabas há de caber toda uma canção.

Bendita a dor da saudade.

Que faz bem ao coração.

Um longe olhar, que se lança.

Numa carta ou numa flor.

Saudade filha do amor.

Uma palavra tão breve mais tão longa de sentir.

E há tanta gente que a escreve sem saber traduzir.

Gosto amargo de infelizes.

A palavra é bem pequena.

Mas diz tanto de uma só vez.

Por ela valeu a pena inventar-se o português.

Saudade um suspiro, uma ânsia.

Uma vontade de ver a quem nos vê a distancia com olhos do bem-querer.

A saudade é calculada por algarismo também.

Distância multiplicada pelo fator querer-bem.

A alma gela-se de tédio.

Enchem-se os olhos de ardor.

Saudade dor que é remédio.

Remédio que aumenta a dor.

 

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